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Prisões ligadas ao “Faraó do Bitcoin” ocorrem no Rio

Na segunda-feira (11), a polícia do Rio de Janeiro fechou o cerco a mais um integrante do esquema de crimes liderado por Glaidson Acácio dos Santos, o famoso “Faraó do Bitcoin”. O homem preso foi Thiago Júlio Galdino, que estava sendo procurado por participar de homicídios e tentativas de homicídios, sempre a mando de Glaidson. A prisão ocorreu no Parque São Bento, em Duque de Caxias.

Thiago tinha um histórico de envolvimento com crimes violentos em 2021 na Região dos Lagos, onde suas vítimas eram, em sua maioria, concorrentes da GAS Consultoria, a pirâmide financeira que Glaidson controlava. Existia uma clara intenção de eliminar qualquer concorrente que pudesse ameaçar o negócio.

Vale lembrar que Thiago já havia passado dois anos na prisão por homicídios, mas estava em liberdade com o processo correndo. Recentemente, ele foi alvo de um mandado de prisão baseado em sua associação com a organização criminosa de Glaidson.

A GAS Consultoria é famosa por ter movimentado cerca de R$ 38 bilhões em um esquema que atraía investidores com promessas de lucros impossíveis através de criptomoedas. Glaidson foi detido em 25 de agosto de 2021, durante a Operação Kryptos. Durante essa ação, a polícia confiscou 591 bitcoins, vários carros de luxo e mais de R$ 13 milhões em dinheiro.

### A história do “Faraó do Bitcoin”

Para entender melhor o impacto desse esquema, precisamos mergulhar na história da GAS Consultoria. Glaidson Acácio prometia altos rendimentos por meio do comércio de criptomoedas, mas o que ninguém sabia é que essa operação se tratava, na verdade, de uma pirâmide financeira. As investigações revelaram a extensão desse golpe, que movimentou uma quantia impressionante ao longo dos anos.

Além da prisão de Glaidson, outros membros do grupo também foram detidos, enquanto alguns, como a esposa dele, Mirelis Yoseline Dias Zerpa, conseguiram escapar até serem capturados fora do Brasil. Mirelis, que foi presa em janeiro de 2024 nos Estados Unidos, já foi deportada para o Brasil.

O funcionamento da GAS Consultoria era bem definido: Glaidson cuidava das relações públicas, enquanto Mirelis gerenciava o dinheiro. Em 2023, o caso da GAS fez parte das investigações da CPI das Pirâmides, onde Glaidson teve um duelo verbal acalorado com deputados, que não hesitaram em chamá-lo de “um dos maiores bandidos do sistema financeiro”.

O mais grave de tudo isso é que Glaidson não só enganou milhares de investidores com seu esquema, mas também é acusado de orquestrar ações violentas contra rivais no mercado de criptomoedas. Os áudios que a polícia conseguiu coletar demonstram a seriedade das denúncias.

Essas informações são essenciais para que todos entendam a gravidade da situação e a necessidade de precaução ao investir em esquemas de promessas milagrosas.

Rafael Cockell

Administrador, com pós-graduação em Marketing Digital. Cerca de 4 anos de experiência com redação de conteúdos para web.

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